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"Na Inglaterra, o desenvolvimento da indústria cinemato-"
gráfica teve o objetivo de aglutinar a nação e integrar os --é--
"diversos setores sociais, especialmente durante crises. No --en--"
"entanto, no Brasil, se manteve como um espaço elitizado"
que não insere os grupos mais --pode-- pobres e marginais
na dinâmica cultural moderna. Nesse sentido é indis-
pensável a democratização --desse espaço-- do cinema
para integrar as populações alijadas no processo político
e social brasileiro.
"De acordo com o filosófo alemão Kant, o acesso à in-"
formação e ao conhecimento é essencial para a eman-
"cipação do indivíduo. Nessa perspectiva, não incor-"
porar um público abrangente às salas de cinema é evi-
tar que a população brasileira se torne mais crítica e
"consciente de seus papeís sociais. Assim, restringir es-"
ses espaços aos grandes centros urbanos é tornar --a de--
--o Brasil-- a política e as decisões menos democráticas.
"Além disso, a democratização do acesso pode estimu-"
"lar mudanças nas próprias produções, que hoje re-"
fletem somente o ponto de vista elitista e hegemônico.
"Assim, como ocorreu com o ""Cinema Novo"" que tinha"
"filmes voltados para os aspectos sociais, a democrati-"
zação pode amadurecer a indústria.
"Dessa forma, ##--um--## --o cinema-- um cinema democrático esta-"
"belece diversos avanços sociais. Com isso, é dever do Esta-"
do incentivar salas cinematográficas fora dos grandes cen-
"tros por meio do Ministério da Cultura, que subsidiará"
"esses espaços, para permitir --um-- o acesso igualitário às"
produções e permitir que esse novo público altere as --so--
perspectivas e temas do cinema nacional e mundial.
"A família real chegou ao Brasil --xxx-- em 1508 --xxx-- e, ao se estabelecer, ordenou a constru-"
"ção do Teatro Real, para que a arte fosse apreciada, como ocorria na Europa. Entretan-"
"to, os eventos só podiam ser assistidos pelos mais ricos, restringindo a dissemi-"
"nação das obras a toda a população. De maneira análoga, o acesso ao cinema ainda"
"não é democratizado a todos os brasileiros, por conta de dois motivos principais: a con-"
centração das salas de reprodução dos filmes nos centros de maior renda e a elevada capi-
talização dos ingressos e dos alimentos consumidos nas sessões.
"Em primeira análise, conforme o site G1, no processo de formação das cidades, os cine-"
"mas se fixaram nos centros de consumo, para a obtenção de maior lucro. Nesse viés,"
"a periferia urbana e o interior do país ficaram distantes das salas, o que faz da --xxx--"
barreira geográfica um impasse para a democratização desse espetáculo. Isso porque
"para assistir ##a um## --um filme-- único filme são necessários gastos com o deslocamento e, por"
"vezes, várias horas dentro da condução, o que desarticula o processo. Assim, constata-se"
"que deve ocorrer a descentralização dos locais de exibição, para a população à margem"
da sociedade também poder usufruir dessa arte.
"Em segunda análise, os altos preços dos ingressos e da comida ingerida durante"
a reprodução do filme restringem o acesso das pessoas de mais baixa renda ##às salas##. Por es-
"se motivo, o cinema precisa diminuir os --preços-- custos --xxx-- por sessão, visto que essa"
"redução será compensada pelo maior número de telespectadores. Ademais, segundo"
"Aristóteles, os seres humanos só conseguem depreender aquilo que vivenciam de"
"forma concreta Assim, reduzir a capitalização por espetáculo exibido é essencial,"
para que a democratização --desse espetáculo-- se efetive.
"Em suma, ##o## acesso ao cinema por todos os brasileiros precisa ser concretizado. Pri-"
"meiramente, o Governo Federal deve construir novas salas de reprodução de filmes"
"no interior dos estados, por intermédio de parceria com os centros de cultura, para que"
"##os## --xxx-- locais sejam bem escolhidos e, com isso, a população de renda mais baixa não --xxx--"
"precise de grandes deslocamentos para assistir a um filme. Além disso, os próprios cine-"
"mas devem reduzir os custos ##de## --por-- cada sessão, por meio de promoções, que atraiam um"
"maior número de pessoas, --xxx-- com o intuito de que a diminuição dos preços seja compen-"
"sada e, assim, --xxx-- a acessibilidade será democratizada ##em## --a todos os-- todo o Brasil."
"A AIDS é uma doença sexualmente transmissível, causada pelo vírus HIV. Quando a epidemia"
começou muitas morreram em decorrêcia dela e essa doença persiste até os dias atuais. No Brasil --ope--
--rar 80%)-- aproximadamente 80% das escolas públicas não têm projetos sobre educação sexual e esse tema
também é pouco discutido no ambiente familiar por medo dos pais de que seus filhos comecem a vida se-
"xual precocemente. Embora esse temor possa ser comprendido, a falta de educação sexual faz com que o"
"número de casos de AlDS aumente no país, --(um)-- entre os jovens, uma vez que há desinformação por par-"
te deles quanto ao uso de preservativo e uma falsa ideia de que a doença não é tão grave.
Muitos jovens não sabem o real propósito do uso de preservativos. A função de previnir a gravidez
"é a mais ressaltada em filmes e propagandas, enquanto a de prevenir as DST's é colocado em segun-"
"do plano. Desse modo, sem a educação sexual os jovens optam somente pelo uso de anticoncepcionais"
"e (se) ela e o parceiro sexual concordam com isso, o que os deixam expostas ao contágio. Exemplo --(disso)--"
desse equívoco quanto às camisinhas foi o comentário de alguns adolescentes na campanha publicitaria
de carnaval em que a cantora Pablo Vittar incentivam o uso de preservativos. Alguns jovens comenta-
ram zombando uma suposta ignorância da propaganda por Pablo ser homem e só se relacionar
"sexualmente com homens, de modo que supostamente não deveria usar camisinha já que não"
"engravidaria. Assim, fica evidente o quanto a falta de educação sexual aumenta os casos de AIDS."
Outro ponto a ser ressaltado é que muitos jovens não encaram com seriedade a doença como
da pelo vírus HIV. Essa ideia provém da existência dos coqueteis antirretrovirais. Eles servem para
"tratar o doente, possibilitando uma vida mais longa e com menos sofrimento, mas não é uma"
"cura e é encarado erroneamente por algumas pessoas como se fosse. Sendo assim, há uma preocu-"
"pação pequena por parte dos não educados sexualmente quanto o contagio com o vírus, já que pen-"
sam que caso sejam acometidos por de poderão se curar facilmente e isso faz com que o número
de quem tem AIDS aumente.
"Pode-se concluir, portanto, que a falta de educação social dos jovens brasileiros faz com que"
eles sejam cada vez mais atingidos pela AIDS. Isso porquê falta a esses jovens o entendimento so-
bre a importância do uso de preservativos e sobre o gravidade dessa doença viral. Como conseguên-
cia o número de casos de AIDS cresce e isso continuará acontecendo enquanto a educação se-
xual permanecer não sendo uma realidade no Brasil.
"""O mais escandaloso dos escândalos, é que nos habituamos a eles"". Essa frase, da filó-"
"sofa francesa Simone Beauvoir, pode explicar a relação da sociedade brasileira com os es-"
"tigmas associados às doenças mentais, uma vez que as pessoas tratam com indiferença"
"e estranheza aqueles portadores de tais doenças, atitudes essas tão habituais que, infeliz-"
"mente, não são vistas como realmente são, um escândalo inaceitável. Nesse sentido, baseado"
"na inviabilização e na falta de empatia, surge um problema complexo que precisa ser revertido."
"Em primeiro plano, é importante ressaltar que a não validação das doenças mentais"
"é uma causa latente do problema. no filme ""Coringa"" da DC, o personagem principal, Ar-"
"thur Flecker, escreve em sua caderneta que a maior dificuldade de possuir uma doença"
"mental, é que esperam que ele se comporte como se não a tivesse. Fora da ficção, é possí-"
"vel perceber que essa realidade se repete na sociedade brasileira, visto que as pessoas pre-"
"ferem fingir que doenças mentais não existem e esperar ""estabilidade mental"" de to-"
"dos, de que afirmar a existência dessas."
"De maneira análoga, a falta de empatia configura como agravamento do proble-"
"ma. Andrew Minyard, personagem da trilogia ""All for the game"" de Nora Sakavic, é um es-"
"tudante com vários traumas advindos de sua infância em lares adotivos, porém seus co-"
"legas não entendem que isso afeta sua forma de agir e sentir, e que suas atitudes são justifi-"
"cadas por --suas-- seus problemas psicológicos, então ao invés de tratá-lo com respeito e"
"inclusão, são ignorantes e o excluem. Sob esse viés, no que tange aos estigmas associ-"
"ados às doenças mentais na sociedade brasileira, nota-se que as pessoas agem como"
"os colegas de Andrew, optando por não lidarem com portadores de doenças psicoló-"
"gicas, por vezes os rotulando e excluindo, quando deveriam --end-- entender e apoiar."
"Portanto, uma intervenção faz-se necessária. Para isso, cabe ao ministério da Educação"
"(MEC) criar campanhas informativas, por meio de eventos em escolas e/ou online, a"
fim de informar a população sobre doenças mentais e problematizar os estigmas à
"essas associadas, além disso, tais eventos terão a finalidade de mostrar os danos"
"causados pela invisibilização e promover a empatia. Dessa forma, talvez escânda-"
"los deixarão de ser habituais, e pessoas como Andrew passarão a serem com-"
preendidas.
"--xxx-- A Escala de Allport é um medidor que lista os graus de intolerância, como a"
"anti-locução, a esquiva e a discriminação. Essas práticas são uma forma de"
exclusão das pessoas e são motivadas por preconceitos já existentes. Nesse
"sentido, é possível observar a intolerância presente na sociedade brasileira, no modo"
"como as pessoas com doenças mentais são altamente estigmatizadas. Portanto,"
esses transtornos são deslegitimados devido à falta de informação e à criação
de um ideal de vida.
"Nota-se, em primeiro lugar, que o estigma criado em relação às doenças"
psicológicas se dá em razão do desconhecimento da população acerca desse
"assunto. Nise da Silveira, psiquiatra brasileira, desenvolveu estudos que de-"
"fendem métodos de tratamento ##mental## humanizados --xxx-- com música, pintura e dança. A"
"médica criticava o sistema de manicômios, que tira a dignidade dos pacientes,"
"por meio da violência, o que corrobora com a visão desrespeitosa que eles enfren-"
"tam no dia-a-dia. Essa realidade ainda é pouco discutida entre os brasileiros, já que"
"as doenças mentais são ##consideradas## --vistas como-- inferiores diante --xxx-- das físicas, por serem"
"menos visíveis. Assim, os questionamentos trazidos por Nise são essenciais para ##o fim do## preconceito"
"Ademais, outro fator que agrava o problema é a tentativa de criação de um --xxx--"
"modelo de vida perfeita. Com a globalização e a difusão das mídias sociais, os"
"padrões ganham mais força na sociedade. Dentro das redes, as pessoas conse-"
"guem filtrar os desafios da vida, ##logo## --xxx-- postam apenas as conquistas e a ""perfei-"
"ção"". Desse modo, tudo que foge disso é visto como estranho, inclusive quem"
"sofre de transtornos mentais. Essa ##percepção## --visão-- ajuda a inferiorizar as pessoas, perpetuando"
uma visão preconceituosa acerca da saúde mental no Brasil
"Torna-se necessário, portanto, que haja uma mudança na forma como os que"
"possuem doenças mentais são tratados no país. Assim, o governo, que é responsável"
"pelo bem-estar da população, deve criar campanhas de divulgação com informações"
"sobre saúde mental, por meio das mídias sociais. Isso visará a diminuir o pre-"
"conceito --com relação à e--. Outrossim, a mídia deve romper com os padrões que"
"a mesma cria e, então, --quem sab-- será possível evitar que a intolerância pre-"
sente na Escala de Allport --não-- represente a sociedade brasileira.
"Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig mudou-se para o Brasil, devido à"
"perseguição nazista na Europa. Bem recibido e encantado com o potencial da nova casa, Zweig escreveu um"
"livro cujo tornou-se um lema até hoje repetido: ""Brasil, país do futuro"". Entretanto, ao observar, ain-"
"da em 2021, o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, percebe-se que o ideal de"
"progresso do autor não passou de um olhar superficial. Nesse sentido, fatores políticos e culturais contri-"
buem para a manutenção dessa problemática no território nacional.
"A princípio, a omissão do poder público contribui para o estigma ligado às doenças men-"
"tais no Brasil. Segundo Maquiavel, o objetivo dos ##chefes## --xxx-- da nação é a manutenção do poder. Real-"
"mente, apesar de ser um dever do Estado, previsto pela Constituição Federal de 1988, garantir o aces-"
"so à saúde para todos, pouco é feito no sentido de cumpri-lo. Isso ocorre porque @@???@@ na capaci-"
tação de profissionais e na desvalorização do atendimento psiquiátrico leva tempo para trazer resul-
"tados e, por isso, não ocasiona claros benefícios eleitorais para o governos. Como consequência, mais de"
onze milhões de brasileiros possuem transtornos depressivos e sofrem com a falta de infraestrutura para
"o tratamento na rede pública de saúde. Logo, a máxima do filósofo se relaciona à realidade nacional na"
"medida em que tudo é feito para fortalecer o poder, mesmo que isso vá contra os interesses populares."
"Além do descaso estatal, a própria população possui sua parcela de responsabilidade. De fato, a socieda-"
de brasileira reforça preconceitos e estereótipos ligados às doenças mentais. Tal contexto se relaciona
"ao conceito de banalidade do mal, trazido por Hannah Arendt: quando uma atitude opressiva ocorre"
"constantemente, as pessoas deixam de vê-la como errada. Assim, a reprodução de discursos que re-"
"lacionam a ansiedade, por exemplo, com idivíduos que querem ""chamar atenção"" ou associam os"
"quadros depressivos a pessoas preguiçosas, por ser recorrente, banaliza sérios distúrbios psiquiátricos."
"Então, existe uma lógica cultural que perpetua comportamentos nocivos à vida em comunidade e"
confirma a tese da socióloga alemã.
"Evidencia-se, portanto, que o estigma associado às doenças mentais é um desafio para a so-"
"ciedade brasileira. Para superá-lo, além de investir na qualificação de profissionais e na democratização"
"do acesso a tratamentos psiquiátricos, o poder público deve, junto à Mídia, reverter a lógica cul-"
tural que banaliza esse debate. Isso pode ser concretizado a partir do desenvolvimento de campa-
"nhas educativas eficientes e da veiculação dessas em canais com ampla visibilidade, como as redes sociais."
"Dessa forma, é possível combater a inércia estatal e o preconceito, aproximando, assim, a rea-"
lidade nacional ##ao## --xxx-- ideal de progresso de Stefen Zweig.
"Durkheim, ao estudos padrões de suicídio no contexto da crise de 1929, afirmou que a sociedade comporta-se"
"como um corpo biológico, no qual os indivíduos estão ligados por relações de interdependência. Ou seja, quando uma"
"parte da sociedade apresenta problemas, todo o corpo social sofre. Sendo assim, os estigmas associados às doenças"
"mentais, como o preconceito e a desinformação, são nocivos para a sociedade brasileira, visto que impedem o co-"
"nhecimento e o tratamento adequado dos indivíduos afetados, impedindo, assim, a harmonia da nação."
"Nesse contexto, a sociedade brasileira sofre com as consequências do preconceito imposto às doenças mentais,"
"uma vez que o preconceito não apenas reduz a empatia alheia, como também aumenta o sentimento negacionistas"
"no próprio doente. Isso, pois, há um senso comum preconceotuoso e incorreto que trata a --depressa-- doença mental"
"como sinônimo de fraqueza, em alguns casos, como na depressão, a sociedade compreende esse distúrbio ##apenas## --como--"
"num viés psicológico. Em função disso, acaba-se por marginalizar os doentes mentais de forma indireta, através de"
"preconceito, e de forma direta, privando-os da totalidade da vida em sociedade ao --internalos-- interna-los em hospitais"
"psiquiátricos. Análogo a isso, a obra de Machado de Assis, ""O alienista"" enfatiza o caráter incoerente das determinações"
"padronizadas de razão e loucura, refletindo o viés desumano do preconceito nesse contexto, tornando-o uma ação emo-"
"cional, que segrega a sociedade e causa o sofrimento individual e coletivo."
"Ademais, a desinformação sobe as doenças mentais é inaceitável, pois deriva de um padrão social obsoleto que tor-"
"nou o debate acerca do assunto um tabu --xxx-- causando, assim, a perpetuação de estigmas na sociedade. Dessa forma, a"
"falta de informação fomenta o estilo de vida tóxico imposto pela pós-modernidade, que exige produtividade e"
"perfeição de todos. Por exemplo, é senso comum para a sociedade brasileira ignorar as implicações físicas de doenças"
"como a depressão e o autismo e tornar, portanto, ambas doenças como autoimpostas e comportamentais. Assim"
"sendo, os indivíduos afetados se culpam pelo seu quadro clínico, fato que afeta o tratamento negativamente. Nes-"
"se viés, Van Gogh, famoso pintor impressionista francês, sofria de depressão e no filme ""No portal para a eternida-"
"de"", que retrata a história de sua vida, a culpa e a sensação de não-pertencimento é uma constante, em função"
"tanto da desinformação da sociedade que o rodeia, como dele sobe sua condição clínica."
"Refere-se, pois, que a sociedade brasileira necessita de medidas que acabam com os estigmas associados às doenças men-"
"tais. Portanto, faz-se necessária a ação do Ministério de saúde, responsável pelas determinações sanitárias no país, conscienti-"
"zando a população sobre aspectos das doenças mentais, como sistemas e causas, através de imagens e vídeos nas redes sociais,"
"afim de informar e acabar com o preconceito. Além disso, cabe às secretarias de saúde dos estados a garantia o atendimento"
"não apenas psiquiátrico, mas também psicológico para aumentar a aceitação e comprensão dos indivíduos afetados"
"sob suas condições clínicas. Sendo assim, o Brasil será um país livre das mazelas que afetam a harmonia"
"da sociedade, acabando com os preconceitos e desinformação e curando o corpo social de Durkheim."
"Nos quadrinhos do ""Batman"", elaborados pela DC, um edificio se eleva ao símbolo de combate ao crime"
"e de justiça - o ""Arkham Asylum""; nele se detinham aqueles considerados loucos. Dessas revistas, é possível"
perceber a correlação existente emtre doenças mentais e a capacidade do indivíduo de praticar dos crimino-
"sos. Fora da ficção, pensamentos como o mencionado também permeiam a sociedade, dessa forma, contribui-"
"indo para o estigmatização da saúde mental no Brasil. Nesse sentido, o sentimento de individualidade, ali-"
"ado ao tratamento precário de tais transtornos, acarreta a triste realidade atual. Assim, é importante com-"
"bater o preconceito para que problema parquiátricos recebam a merecida atenção, melhorando a vida do povo."
"Em primeiro plano, vale ressaltar que, em função da ausência de espírito coletivo, a saúde mental, hodier-"
"namente, é relegada à segunda ordem de relevância. De fato, as pessoas, ao entenderem sua visão nos outros,"
"dificultam a mudança desse paradigma, que afeta amplamente quem sofre de doenças mentais. Tal realidade se"
"aproxima dequela analisada por Zygmunt Bauman; para ele, as sociedades contemporâneas vivem em um estado de"
"constante fluidez, no qual o individualismo prevalece. Através do pensamento do sociólogo, percebe-se que"
"o indivíduo, ao estar imerso nesse panorama líquido, --afeta a capacitade-- tem ##estado## sua capacidade de @@???@@ e de"
"ajudar aqueles que são atingidos por problemas, como depressão e transtorno bipolar. Consequentemente, tais pessoas se"
"sentem responsáveis por sua própria recuração. Contanto, é necessário a conscientização da população quanto a"
"gravidade desses transtornos, de forma a desmitificar e instruir fatos sobre eles."
"Em segundo plano, deve se salientar o papel que o tratamento precário de doenças psicológicos tem no agra-"
vamento da triste realidade de descaso com os doentes. Isso ocorre porque ampla parcela da população encara
"tal problemas como inofensivos e facilmente remediável. Contudo, há filmes que demonstram a realidade desses"
"transtornos; o filme ""Glass"" mostra o caso de um paciente que sofria de transtorno bipolar, nessa obra a prota-"
"gonista é levada a fazer atos contro sua vontade, visto que não recebe tratamentos para a ajudar a melhorar. Nesse"
"sentido, nota-se que o cuidado e a atenção são imprescindíveis para proteger os pacientes, que se encontram"
"vulneráveis --e desprotegid--. Dessa maneira, é de suma importância relembrar a função de que tratamento"
precário na diminuição da qualidade de vida --por-- daqueles atingidos por doenças semelhantes.
"Portanto, com base na discursão elaborada, faz-se mister que o MEC, por meio de palestras, em escolas que"
"@@???@@ os alunos e suas famílias, informe a relevância de promover a saúde mental nos lares. Isso com o"
intuito de desestigmatizar problemas precológicos e --melhorar-- tornar comum discussões sobre o tema. Ademais
"é dever do Governo, por intermédio de pedidos de mais capital ao Legislativo, aumentar o investimento em"
"@@???@@ tratamentos --a essas doenças-- disponibilizados pelo SUS, a tais doenças. Por fim, o Brasil se tornará exemplo mun-"
"dial de como ter a própria atenção ao psicológico superando ideias antiquadas trasidas em revistas como ""Batman"""
"Na série americana ""Crazy ex-girlfriend"", é narrada a história de uma personagem a qual, ao"
"longo de sua vida, sofreu por ser diagnosticada com diversas doenças mentais. De maneira análoga, na"
"sociedade brasileira contemporânea, muitos --(indivíduos)-- indivíduos --(encontram)-- encontram-se em situações"
"difíceis pelo mesmo motivo, uma vez que o estigma negativo associado a tal condição ainda persiste. Nesse"
"sentido, torna-se fundamental analisar como a falta de conhecimento sobre o assunto e os preconceitos"
estruturais da sociedade intensificam essa --(temática)-- temática.
"Convém destacar, a princípio, como o desconhecimento sobre essas doenças potencializa a perpetuação"
"desse estigma no país. De acordo com o filósofo empirista John Locke, o ser humano nasce como uma"
"""tábula rosa"", ou seja, precisa adquirir informações --(ao lo)-- durante a vida para moldar seus modos"
"de pensar e de agir. Sob essa perspectiva, percebe-se que o cidadão brasileiro, ao não receber conteúdo"
"suficiente sobre o verdadeiro significado de ter uma doença mental, não possui a noção correta de como"
"deve agir ao reconhecê-la, podendo manifestar sua insegurança em forma de hostilidade ao sujeito"
"portador. Logo, é imprescindível conscientizar o povo sobre essa questão para evitar o recrudescimento"
"do número de lacunas nas ""tábulas"" das pessoas."
"Ademais, o preconceito social também é uma problemática desse retrato. Historicamente, a glo-"
"balização acompanhou a expansão de ideais etnocêntricos, os quais pregam a superioridade de deter-"
"minados modos de vida e a --(hibra)-- hierarquização de maneiras de viver. Nessa ótica, é visível a"
"persistência dessa mentalidade na comunidade nacional quando expressiva parte da população, influ-"
"enciada por falsas ideias de hegemonia, entende-se como melhor do que os indivíduos com doenças men-"
"tais e, assim, ridiculariza ou tenta segregar essa parcela do povo. Sendo assim, --(mostra crucial)-- mos-"
tra-se crucial trancender essa estrutura excludente do imaginário dos cidadãos.
"Urge, portanto, a necessidade de superar o estigma associado às doenças mentais na sociedade"
"brasileira. Diante disso, deve ficar a cargo do Ministério da Cidadania alertar o povo do caráter"
"natural e comum dessas doenças, por meio --(das redes sociais, como Facebook)-- de campanhas nas redes so-"
"ciais, como Facebook e Twitter, a fim de manter as pessoas devidamente informadas sobre esse contexto."
"Paralelamente, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, visto sua responsabilidade de"
"incluir as minorias sociais, deve fiscalizar ativamente os casos de discriminação nesse âmbito, visando"
"combater o lamentável preconceito vigente. Por conseguinte, ao adotar tais medidas, o país irá"
"minimizar o --(estigma)-- estigma negativo das doenças mentais e irá, progressivamente, dirimir si-"
"tuações análogas às representadas na série ""Crazy --(Ex)-- ex-girlfriend ""."
A obra Noite estrelada do pintor holanês Van Gogh encanta pela delicadeza e singularidade de seus
"traços. No entanto, por trás da representação da paisagem noturna está escondida a triste história de seu"
"autor, um homem que, durante anos, enfrentou um dos mais antigos males da humanidade: a depressão."
"No mundo contemporâneo, doenças mentais como a depressão, ansiedade e bipolaridade atingem milhões de"
"pessoas e, segundo dados do OMS, impactam no universo individual dos acometidos e na economia do lo-"
cal em que vivem
"Tais doenças surgem, muitas vezes, como consequência do atual modelo perfeccionista e imediatista"
"da sociedade. Isso ocorre, pois, em meio a diversas inovações tecnológicas e o intenso flusso de informações,"
há uma cobrança crescente pela adaptação e busca pela perfeição pessoal que nem todos são capazes de acom-
"panhar. Esse fenômeno tem seus efeitos potencializados pelas redes sociais, nas quais há a constante divul-"
"gação de modelos de vida e --xxx-- felicidade artificiais e inatingíveis, mas sem os quais parece ser impossi-"
"vel viver. Como consequência, aqueles que não atingem tais padrões acabam se sentindo insuficientes e"
"deslocados, fazendo com que transtornos como a ansiedade e depressão se tornem cada vez mais comuns."
"No entanto, mesmo que as doenças mentais estejam cada vez mais presentes no mundo moderno,"
"ainda há por parte da população um estigma muito grande envolvendo o tema, pois, ao contrário dos males fí-"
"sicos, as doenças ligadas ao universo psicológico não deixam marcas visíveis, o que faz com que seus impactos"
"parecem menos nocivos. Por esse motivo, o senso comum acaba fortalecendo a ideia errônea de que transtornos"
"mentais não passam de frescura e tentativos de chamar a atenção e, como resultado, muitas pessoas deixem de"
buscar apoio profissional por medo de serem julgados. Isso faz com que está forma de pensamento seja extrema-
"mente perigosa, afinal, as doenças mentais são problemas sérios e se não forem tratados da forma correta"
pode levar a consequências trágicas.
"Por esse motivo, é essencial que o governo tome medidas no intuito de acabar com o estigma envol-"
"vendo doenças mentais no Brasil. Para tal, é necessário que o ministério da Educação, juntamente com psicó-"
logos e médicos especialistas na área organizem palestras sobre o tema voltados para alunos e familiares e as
"apresentem em colégios pelo país. Por meio destas, será explicado a importância da saúde mental para manter"
o equilibrio consigo mesmo e com o mundo e será descartada a ideia de que transtornos mentais e a busca
"por ajuda são vergonhosos. Tais medidas são de extrema valia para a solução do problema, pois o conhecimento"
e a clareza nas (--xxx--) informações são as ferramentas mais eficazes para combater um preconceito
há muito enraizado na sociedade.
"Em meados do século XIX, durante o período literário Ultraromântico, a so-"
"ciedade brasileira era marcada pelo ""Mal do século"": o ""Tédio"". Hoje, o que ad-"
"quiriu esse mesmo patamar foram as doenças mentais, como a depressão e a ansi-"
"edade. Nesse sentido, o estigma associado a essas patologias é causado, mormente"
"considerando o contexto da pandemia, por experciências que marcaram e abalaram a"
"vida dos indivíduos, bem como pelo isolamento social necessário."
"De início, constata-se que, devido ao quadro pandêmico atual, milhares de"
"vidas foram perdidas. Tal perda é, além de marcante na vida dos familiares que"
"precisaram despedir-se de seus entes, uma espécie de gatilho que aciona um mecanis-"
"mo mental, o qual varia individualmente $$--xxx--$$ - podendo se apresentar como culpa, triste-"
"za a saudade -, mas que se desenvolve e origina a depressão. Essa cascata emocional"
"é bem retratada no livro ""Maus"", no qual o autor conta a história de sua fa-"
"mília, e sua mãe - sobrevivente de Aushwitz - suicida-se após entrar em depres-"
"são e perder toda sua família. Desse modo, levando-se em consideração o alto nú-"
"mero de famílias destruídas nessa pandemia, o desenvolvimento de doenças men-"
tais tende a aumentar no país.
"Outrossim, durante o período da quarentena, adotou-se como prática preventiva"
"o isolamento social. Apesar de ser um recurso sanitário necessário, é extrema-"
"mente prejudicial à saúde mental da população, visto que, segundo o sociólogo"
"Émile Durkheim, a partir do momento em que a coesão social é quebrada, que as"
"pessoas isolam-se socialmente umas das outras, o surgimento da depressão, da"
"ansiedade e do suicídio é potencializado. Nesse contexto, essa anomia social"
"pode ser observada na sociedade brasileira, cujo contato entre as pessoas tornou-se"
restrito e cujas consequências precisam ser enfrentadas.
"Portanto, ante a problemática debatida, faz-se necessária a atuação do Governo"
"Federal. Ele, em face do Ministério da Saúde, deve criar um projeto de acompanhamen-"
"to psicológico o qual assista famílias que perderam entes queridos na pandemia,"
"por meio da contratação de profissionais da saúde familiar, a fim de prevenir o surgimento"
"de doenças mentais. Assim, em conjunto com o fomento da coesão social, o Brasil irá"
controlar os casos de patologias psíquicas na população.
"Desde a Primeira Revolução Industrial, o mundo assiste a uma série de inovações no âmbito tecnológico"
"e, por conseguinte, no cultural. Porém, concomitantemente ao auge da Globalização (na atualidade), tem-se a terrível ascensão"
"de doenças mentais. Apesar de grave e evidente, essa mazela é frequentemente estigmatizada no Brasil: seja"
"pela preponderância do capitalismo, seja pela persistência de ideologias obsoletas, o fato é que a negligência frente"
"a essas enfermidades compromete brasileiros e precisa, portanto, de ações que visem à atenuação."
"Primeiramente, cabe a análise da preponderância de ideologias capitalistas como fator que condena a estigmatização de"
"doenças mentais no Brasil. Sob esse viés, o filósofo Byung Han, em sua obra ""Sociedade de Cansaço"" aborda a realidade vigente"
no mercado de trabalho atual: o funcionário é destinado à produção frenética e sofre com imposições de metas
"abusivas. Assim, em um contexto em que o trabalhador é visto como um mero meio para angariar lucros, é claro que a"
saúde mental deste é negligenciada. Esse fato se comprova ao observar o expressivo consumo de ansiolíticos por trabalhadores
brasileiros: É comum a recorrência a essas drogas com o fito de suprir a lacuna entre a capacidade emocional do
"trabalhador e a demanda imposta pelo sistema. Portanto, é evidente a prevalência de valores capitalistas como"
elemento que negligencia assuntos relacionados à saúde mental no Brasil.
"Ademais, o descompasso entre as mudanças propiciadas pela (--glo--) Globalização e a estagnação de valores sociais"
"constitui auto fator que corrobora a estigmatização de doenças mentais no país. Nesse viés, pensadores da Escola de frankfurt"
"já alertaram, no contexto das inovações tecnológicas, acerca do estabelecimento de uma ""indústria cultural"" em que"
"estereótipos convenientes ao capitalismo seriam impostos à sociedade, o que geraria a ascensão de distúrbios"
"emocionais na comunidade. Contudo, infelizmente essa tese não foi suficientemente aceita no Brasil: ainda há quem diga"
"que doenças mentais inexistem ou que são ""frescuras"". Essa triste negação é evidenciada em conversas banais: Sobretudo"
adultos e idosos desmerecem a função de psicólogos e ignoram (ou até criticam) sintomas das enfermidades em questão. Por
"conseguinte, é verdade que a estagnação de ideias, em contraste com os ônus da tecnologia contribui para a negação de um @@???@@"
"Diante do exposto, é evidente a ascensão do capitalismo e a permanência de volores obsoletos como fatores que justificam"
"a deplorável presença de estigmas associados a doenças mentais no Brasil. Urge, pois, que a saúde mental do trabalhador seja"
"garantida. Isso pode ser feito por meio da oferta de sessões de alongamento, durante o expediente, organizadas pelas secretarias de"
"saúde e ministradas por estudantes de fisioterapia de universidades locais. Com isso, espera-se a atenuação da sobrecarga"
"emocional aos funcionários. outrossim, cabe a renovação de saberes arcaicos. Sugere-se, então, a produção, por estudantes"
"voluntários de psicologia, de propagandas que abordem a tese alemã, bem como as evidências de sua veracidade (pode-se"
usar dados estatísticos). Esse material deve ser exibido em televisão em horário ##em## que adultos e idosos costumam assistir.
"Espera-se, com isso, oferecer entendimento à população e proporcionar a atualização de ideias. A partir disso,"
os casos de estigmatização de doenças mentais no Brasil tendam a ser mitigadas.
"No livro clássico ""Cemitério dos Vivos"", o personagem principal retrata seu cotidiano dentro de um centro especializa-"
"do no tratamento de pessoas com desvios mentais, demonstrando - por meio do próprio - a precariedade da situação que"
essas pessoas --enfrentam-- enfrentavam e a pouca importância que recebiam no Brasil. Tal fato traz à baila um problema recorrente
na sociedade atual: o estigma associado às doenças mentais. Apesar dos avanços no combate (tão importante) dessas enfermida-
"des, --o descaso e-- o preconceito, ##nocivo## --nocivos-- à saúde pública, ainda ##persiste## --possuem--; e, por isso, medidas para reverter tal concepção"
"e situação são extremamente necessárias. Assim, essas mazelas terão a devida atenção, serão @@???@@ e o bem-estar garantido."
"Em primeira instância, a manutenção de uma mentalidade saudável vem ganhando maior espaço e importância"
"no meio científico. Com o passar do tempo, acadêmicos da saúde ao redor do mundo incluíram diversas doenças men"
"tais na lista de enfermidades reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde, tornando-as casos clínicos, que"
"podem afetar, de fato, o organismo e precisam ser solucionados. Por conta disso, depressão, ansiedade, transtorno"
"bipolar e outras características, que eram consideradas apenas sintomas, ou chamadas de ""frescura"" (o que trans-"
"porta a culpa para o portador, podendo agravar a situação), transformaram-se em doenças, que precisam ser"
"analisadas cuidadosamente e, se necessário, o paciente precisa ser medicado. Dessa forma, a saúde mental ganha"
o destaque merecido entre as preocupações no meio acadêmico.
"No entanto, em segunda instância, essa preocupação e zelo acabou se restringindo ao meio cientifi-"
"co. Segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Opinião Pública Estatística, cerca de 43% da população ain-"
da considera que os problemas em relação à saúde mental são ##ocasionados## --ocasionadas-- por uma falta de empenho e
"vontade pessoal, a famosa ""frescura"". Sendo assim, o preconceito sobre esse assunto, que tem suas raízes"
"na falta de informação, é, infelizmente, muito elevado na sociedade brasileira. Por consequência, muitos indiví-"
"duos não procuram ajuda médica e têm suas vidas afetadas, uma vez que a saúde mental está inti-"
"mamente ligada à forma que recebemos e lidamos com as exigências impostas pela vida. Desse modo,"
a falta de informação e conhecimento por boa parte da população é um dos grandes motores desse
problema.
"Cabe, portanto, ao Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério de Educação,"
"informar a população sobre a importância que precisa ser dada a essas doenças,. Isso deve ser fei-"
"to por meio de aulas especiais nas escolas e palestras com profissionais voluntários da saúde, a"
fim de educar os jovens desde pequenos sobre esse assunto e levar informação e conhecimento
"para seus responsáveis e para a comunidade. Assim, o estigma associado as doenças men-"
"tais será extirpado pela raiz e esse tema se tornará parte do passado, presente somente"
"em livros com ""Cemitério dos vivos""."
"O fascismo europeu, iniciado na 1ª metade do século XX, foi um sistema político"
"que começou como pequeno e cresceu pela negligência na atuação de países próximos,"
"sobre seus possíveis efeitos a longo prazo, o que culminou no genocídio nazista e L Guerra"
"Mundial. Entretanto, atualmente, do mesmo modo como era tratado o sistema político, as do-"
"enças mentais também a são, de modo a afasta-las da realidade social, estigmatizando-as."
"Nesse sentido é necessário uma mudança na forma como são vistas e relacionadas,"
perante a sociedade brasileira.
"As doenças que acometem a saúde mental, são observadas de forma preconceituosa"
"pela população brasileira, a qual, por meios culturais, relaciona-as com termos pejorativos,"
"que são incrustados no cotidiano, como é o caso da palavra manicômio, o qual vincula-"
"se a um local ruim, onde eram destinadas pessoas sem sanidade mental, chamadas de lou-"
"cos, pelo pouco esclarecimento da época. Dessa forma, é essencial que se promova uma"
"imagem mais humanizada e próxima, das enfermidades mentais e suas atribuições."
"Além da referência negativa com que são tratadas, os sinais evidenciados por pacientes"
"que as contraem, são, por vezes, negligenciados ou acobertados, ao atribuir a responsa-"
"bilidade de sua manifestação, ao próprio indivíduo, o que promove o silenciamento"
"dos sintomas, que, progressivamente, será exacerbado em eventos negativos perante"
"a sociedade, com possibilidade fatal, como por casos de depressão. Desse modo, é funda-"
"mental que tal estigma, dos sintomas e pacientes, seja minimizada, e a respostas"
"a eles sejam tidos com seriedade, pela sociedade brasileira."
A fim de modificar o panorama discriminatório e negligenciado das doenças
"mentais no Brasil, urge que o Estado e o Ministério da Saúde brasileiros promovam"
"a criação de locais de acolhimento e encaminhamento rápido, além da promoção"
de campanhas em redes sociais sobre a necessidade de tratamento precoce e seus possíveis
"desdobramentos para a população e para a saúde do indivíduo. Assim, promoven-"
"do uma maior compreensão pelos brasileiros sobre esse tipo de doença, e a mitiga-"
"ção de suas consequências, como necessitou o autoritarismo fascista na euro-"
pa pós a Primeira Grande Guerra.
É certo que a humanidade tem em seus interesses a busca por alternativas de au-
"xílio em seus trabalhos cotidianos. Desde o período inicial da Revolução Industrial, per-"
"cebe-se uma corrida no desenvolvimento de tecnologia e seus equipamentos. No entanto,"
"contrariamente ao que se busca, ainda há falhas incontroláveis nos sistemas de com-"
putação desses aparelhos e riscos em suas funções. Em se tratando de comportamento
"médico nessa era, cabe analisar as diferenças entre as respostas geradas pelo inteligen-"
cia artificial e o cuidado do próprio profissional.
"Por certo, a Constituição Federal de 1988 busca amparar o coletivo social. Em seus"
"Princípios Fundamentais, a Carta Magna promulga a criação de uma nação na qual"
"promova o bem-estar de todos. Essa premissa constitucional é confirmada, na prático,"
na busca de tecnologias e equipamentos da área da saúde que trabalhem em rendi-
"mento máximo e sem erros. No entanto, contrariamente ao ideal, ainda há falhas e"
"desafios a serem enfrentados na robotização da medicina, como a impreceção de diag-"
"nósticos e a falta de apoio humano, tanto afetivo quanto psicologicamente. Dessa maneira,"
os estudos e resultados maquinizados ainda não são suficientes para a substituição
de cuidado de indivíduos.
Também é significante ressaltar que os erros acompanham o cotidiano de hos-
pitais e consultórios médicos. Isso porque esses profissionais estão sujeitos a cansaço e
"exaustão mental, além de grande pressão da sociedade. ainda assim, são responsá-"
"veis por um diagnóstico especializado e humanizado para o paciente, tratando-o con-"
"forme as necessidades individuais de cada um. Neste contexto, o sociólogo francês Émile"
Durkheim acreditara que a sociedade deveria funcionar de maneira análoga a um orga-
"nismo biológico, com suas partes interagindo harmonicamente entre si. Sob esse vi-"
"és, infere-se que o Brasil está distante dessa realidade, visto que não há comunica"
ção entre o lado positivo da robotização com as vaniageres oferecidas pelo cuidado humano.
"Por fim, conclui-se: a melhor maneira para se obter o ideal diagnóstico e um trata-"
mento individualizado é o equilíbrio da inteligência artificial com a intervenção ética
"dos médicos. Para isso, é imprescindível haver investimentos em estudo das má-"
quinas e técnicas de exame - também para os profissionais da área da saúde - a
fim de minimizar os erros de ambos e ampliar o tratamento adequado da sociedade as-
"segurado na Constituição. Assim, efetivar-se-á um corpo social com a ética médica em"
ressonância com os moldes tecnológicos.
"Em ""metafísica dos costumes"", Immanuel Kant propõe que uma ação ética é aquela"
"que é boa em si, ou seja, não visa às consequênciais Ao tomar como base essa perspecti-"
"va para a análise do diagnóstico médico na era da tecnologia, pode-se inferir que, embo-"
"ra tal atividade possa ser benéfica, pois se baseia em dados da inteligência artificial, ela"
"não o é, pois possui entraves na responsabilidade ética dos médicos, não sendo uma"
ação boa em si
"A inteligência artificial consiste no uso de dispositivos tecnológicos, os quais per-"
mitem a análise e imitação do comportamento humano e pode trazer benefícios
"à atividade médica, uma vez que os dados fornecidos por ela possibilitam mais"
"agilidade no diagnóstico. Todavia, tal uso esbarra na responsabilidade do"
"médico - que envolve garantir o bem-estar dos seus assistidos -, visto que, por ser uma"
"máquina, não trata os pacientes de forma humana, isto é, pensando nele como um"
"ser que possui sentimentos. Conforme Kant, na obra supracitada, a ação ética aten-"
"de aos princípios do imperativo categórico, ou seja, se universalizada, permite a"
"vida em sociedade Assim, percebe-se que essa atividade não condiz com a @@???@@,"
"pois se todos pacientes fossem tratados de tal forma, a vida social serio incrível."
"Por conseguinte, perpetuam-se o esvaziamento do papel do médico e a"
visão de que os pacientes são apenas inúmeros. Como resultado sobrevém a
"constituição de uma mediana que não é humanizada, uma vez que a"
"humanidade dos assistidos não é considerada. A de exemplo, tem-se a pers-"
"pectiva de Marcus Figueiredo, doutor em informática, a qual demonstra como"
"a máquina não é delicada, quando as opções de diagnóstico são gripe ou"
"câncer, por exemplo, ela não restará as possibilidades para gripe. Dessa forma,"
percebe-se como a tecnologia não considera os seres como humanos
"Observa-se, portanto, que o diagnóstico feito por meios tecnológicos encontra"
"entraves na responsabilidade ética dos médicos, uma vez que não atende"
"ao imperativo categórico, tal qual postulado na tese Kantiana. Isso posto, concre-"
"tiza-se uma @@???@@ menos humanizada, o que se desmotiva pelo rela-"
to de Marcus Figueiredo.
Máquina em função do homem --xxx--
"A IBM, uma das maiores empresas de tecnologia, lançou o seguinte slogan para seu software de in-"
"teligência artificial (IA). ""inteligência pronta para trabalhar"". De tal frase, subentende-se que a máquina"
"produz de acordo com o direcionamento do cliente e, por ser uma máquina, não tem falhas humanas, doen-"
"ças ou licença maternidade, --em que-- e, mais importante: não questiona. A introdução da IA na medicina ca-"
"minha a passos largos, sendo atualmente utilizada para diagnóstico de imagem com certa precisão. Há quem"
"diga que ela irá superar o papel do médico por ser mais rápida e produtiva; entretanto, essa visão não con-"
"sidera que a IA é alimentada por dados criado por médicos, como também não possui a interação humana"
"que auxilia na avaliação do paciente. Dessa forma, a IA é apenas um recurso e cabe ao médico a responsabi-"
lidade ética sobre o diagnóstico.
"Quando a inteligência utiliza dados e informação geradas por médicos, não se pode assumi-la como"
"autônoma. Ainda que a lA apresente ""machine learning"", ou aprendizado da máquina"" e, assim, possa se autoeducar,"
"ela deriva de um banco de dados feito por pessoas. Logo, a responsabilidade acaba sendo de quem a alimenta"
"com o conteúdo a ser processado. O software, portanto, não tem a autonomia no sentido de questionar a fonte ou, até"
"mesmo, ler corretamente um prontúario, pois se limita ao que lhe é fornecido. Por outro lado, o médico tem a capacida-"
"de de --xxx-- corrigir erros de leitura e --xxx-- descutir com outros profissionais da saúde casos clínicos, podendo"
"assim, aperfeiçoar a máquina. A IA, portanto, pode ser aprimorada, mas tal feito deriva da conduta do médico."
"Além disso, ##o## --essa-- profissional da saúde possui qualidades que a tecnologia não tem. através da"
"subjetividade, ele consegue dialogar com o paciente, torná-lo confortável e, assim, retirar informações"
que auxiliam no diagnóstico. Isso o torna mais capacitado para avaliar todo o contexto sociocultural
"do paciente, transformar esses dados em hipóteses e assim, ter um diagnóstico mais preciso. Isso --xxx-- não se"
"limita a saber a doença de um indivíduo, mas também ##o ajuda## --ajudar-- no prognóstico e manutenção do Tratamento."
"Verifica-se portanto, que há uma autonomia do médico através de seu conhecimento de mundo, fazendo-o"
capacitado a verificar sinais clínicos e psicológicos que uma máquina não consegue.
"Assim, ainda que a IA tenha alto processamento e precisão, ela é alimentada apenas por dados"
"feitos por pessoas. Isso a faz uma ""inteligência pronta para trabalhar"", mas apenas como ferramenta e"
"recurso em diagnóstico, não podendo ser responsável por ele. O médico, porém, consegue verificar sinais"
"que a máquina não consegue, e, também questioná-la quanto ao diagnóstico. Isso a torna --xxx-- ética-"
"mente responsável pelo diagnóstico e pelo paciente, e, portanto ele deve carimbar e assinar embaixo as"
suas escolhas.
"Gregor Samsa, personagem principal do livro ""A metamorfose"", de Franz Kafka,"
"transfigurado em um inseto gigante e asqueroso, vive um profundo sentimento"
"de angústia e sofre, dia após dia, a rejeição das pessoas ao seu redor em re-"
"lação à sua nova condição. Fora da ficção, é lamentável que, na sociedade brasi-"
"leira, indivíduos com transtornos psicológicos sejam atingidos por um estigma"
"semelhante àquele vivido por Gregor, que existe devido ao individualismo dos seres"
humanos no século XXI e à insuficiência do debate em torno desse assunto.
"Primeramente, a falta de compreensão e a indiferença das pessoas em relação"
à condição em que se encontram os portadores de doenças mentais constituem uma
"importante causa do problema. Segundo Zygmunt Bauman, filósofo contemporâneo,"
"a sociedade atual, em tempos de ""modernidade líquida"", é marcada pelo indivi-"
"dualismo. Nesse sentido, muitos indivíduos não se preocupam em relação à ques-"
"tão vigente na sociedade dos transtornos mentais, fortalecendo os próprios precon-"
"ceitos e comportamentos discriminatórios, que fazem muitas vítimas."
"Ademais, é notável como o silenciamento do tópico de doenças psicológicas"
nos âmbitos sociais contribui para a existência do problema. De acordo com o filó-
"sofo Pierre Bourdieu, no conceito de ""habitus"", os indivíduos em uma sociedade"
"herdam padrões de pensamentos, comportamentos e ações por ela impostos, atuando"
"na permanência e na perpetuação do status quo vigente. Assim, a problemática"
"dos preconceitos em torno da questão de transtornos mentais, ainda não discutida"
"apropriadamente e com propósitos transformadores, não é alterada na socieda"
de brasileira do século XXI.
"Portanto, é necessário que medidas sejam tomadas para que essa situa-"
"ção seja revertida. O Governo Federal, em ação conjunta com --os governos-- as prefeitu-"
"ras dos municípios, deve promover o debate nas escolas acerca dessa temática por meio"
"de planos de ensino, além de lançar campanhas publicitárias com dados sobre as do-"
"enças mentais no Brasil, a serem divulgadas nas mídias sociais, a fim de contribuir"
"para a superação desse estigma presente na sociedade brasileira. Assim, as pesso-"
as com transtornos psicológicos no país não mais terão que conviver com a cons-
"tante rejeição, como fez Gregor samsa em ""A metamorfose""."
"O artigo 6º da Constituição Federal de 1988 assegura as garantias sociais dos cidadãos brasileiros, dentre as quais destaca-"
"-se o direito à saúde, o qual visa à manutenção da integridade física e psíquica dos indivíduos. Entretanto, o estigma vinculado"
"às doenças mentais dificulta o acesso ao direito supracitado no Brasil, na medida em que desencoraja a busca por tratamen-"
"tos especializados. Nesse viés, a falta de informação e a pressão social figuram como agravantes dessa problemática."
"Dito isso, menciona-se o preconceito em relação aos transtornos psicológicos, decorrente do desconhecimento acerca do as-"
"sunto pela população brasileira. Sob essa ótica, cita-se a exclusão do convívio social das pessoas que contraíam a lepra du-"
"rante a Idade Média, período entre os séculos X e XV, devido à estigmatização da doença e à falta de informações seguras."
"De maneira análoga, na contemporaneidade, a escassa abordagem sobre a seriedade das patologias psíquicas na mídia, por e-"
"xemplo, impossibilita o acolhimento das vítimas e a introdução de tratamentos eficazes, como a musicoterapia. Desse modo,"
"a indiferença da sociedade diante dos prejuízos gerados pelas doenças mentais - tristeza, baixa autostima e ansiedade - impe-"
"de a criação de uma rede de apoio no círculo de parentes e de amigos. Logo, a desinformação perpetua o estigma asso-"
"ciado a essa temática e, consequentemente, ocasiona a banalização de transtornos graves, como a depressão, o que eleva os ín-"
dices de suicídio no país.
"Além disso, vale ressaltar a imposição de um padrão irrelevante de felicidade pela sociedade atual, cujas exigências am-"
"pliam a cobrança sobre os sujeitos. Na perspectiva citada, evidencia-se a série televisiva ""Sob Pressão"", a qual aborda os desafios"
"cotidianas vivenciados pela equipe médica de um hospital público do Rio de Janeiro, no qual a precariedade dos recursos e a"
"extensão da jornada de trabalho submetem os profissionais a condições desgastantes. Em paralelo à trama fictícia, a constante"
"exigência, no ambiente familiar e no mercado de trabalho, de metas difíceis, como o ingresso na universidade, a conquista pré"
"coce de um emprego e o sucesso financeiro, amplia a pressão e a tendência à Sindrome de Burnout: distúrbio causado pelo"
"estresse no âmbito profissional. Assim, a exposição de um modelo de vida perfeito em redes sociais, como o Instagram, reforça o"
"sentimento de fracasso das pessoas que não se adequam ao padrão estipulado, o que, por conseguinte, acarreta o desenvolvimen-"
"to de doenças mentais estigmatizadas. A de exemplo, tem-se o vício em jogos da personagem Silvana, da novela ""A"
"Força do Querer"", cujo marido considera a patologia da esposa como ""frescura"" e ""falta de vergonha""."
"Diante do cenário exposto, o combate ao estigma vinculado às patologias psíquicas deve ser efetivado no Brasil, em prol"
"do direito à saúde previsto pela constituição Cidadã. Portanto, cabe ao ministério da Saúde, subsidiado pelos fundos do gover-"
"no, alertar para a gravidade dos transtornos psicológicos, por meio da divulgação de campanhas informativas e ##da## oferta inte-"
"gral de tratamentos gratuitos, a fim de efetivar o amparo às vítimas e de minimizar os danos emocionais. Ademais, a mí-"
"dia, enquanto elemento persuasivo, deve abordar, nos canais de comunicação ampla, como telejornais, os impactos negativos da"
"cobrança excessiva e da pressão social, por via da criação de enredos engajados, com o intuito de estimular a empatia"
e a harmonização entre as metas pessoais e as possibilidades reais dos sujeitos.
"De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 11,5 milhões de brasileiros têm depressão,"
"quadro preocupante, que requer atenção do poder público e da sociedade. Graças à rotina de"
"trabalho intensa e à atomização dos indivíduos, promovidas pelo sistema capitalista, há"
um aumento alarmante no número de casos de doenças mentais na sociedade. Nesse
"contexto, a estigmatização de transtornos psiquiátricos pela população brasileira, amplia-"
"da com as redes sociais, configura-se como grave problema, uma vez que dificulta o"
"acesso a tratamentos eficazes contra doenças como depressão, ansiedade e crise de pânico."
"Em primeiro lugar, cabe pensar no impacto da sociedade atual- moldada pelo siste-"
"ma capitalista- no desenvolvimento de transtornos mentais. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman,"
"vive-se, hoje, na ""modernidade líquida"", na qual as relações são cada vez mais fúteis e caren-"
"tes de significado, o que promove o isolamento do indivíduo. Dessa forma, há a internaliza-"
"ção dos fracassos e das frustrações cotidianas, as quais não são compartilhados devido à au-"
"sência de interações sociais significativas. O indivíduo torna-se, pois, mais propenso a de-"
"senvolver doenças como depressão e ansiedade, as quais têm impacto significativo na --(vida)--"
qualidade de vida da população.
"Ademais, deve-se considerar a influência das redes sociais na construção de es-"
"tigmas acerca dessas enfermidades. De acordo com o sociólogo Guy Debord, a ""socieda-"
"de do espetáculo"", vivenciada na contemporaneidade, é marcada pela autopromoção por meio"
"de imagens, o que promove a mercadorização da própria vida. Através das redes sociais,"
"há a venda de um estilo de vida irreal, que, muitas vezes, não pode ser alcançado."
"Nesse contexto, ao se construir virtualmente uma narrativa de vida ilusória, na qual não"
"há --xxx-- espaço para o desenvolvimento de doenças psicológicas, --xxx-- tem-se sua estigmatiza-"
"ção, --xxx-- o que impede o diagnóstico e tratamento médico essencial, agravando o problema."
"Portanto, tendo em vista a amplitude da situação, assim como suas consequências, me-"
didas governamentais são necessárias. Cabe ao Ministério da Saúde promover o diálogo
"e a conscientização sobre transtornos mentais graves, por meio de cartazes informa-"
"tivos, que devem ser veiculados em ônibus, hospitais e postos de saúde, além da realiza-"
"ção de fóruns de dúvidas virtuais, que serão --xxx-- respondidas por estudantes de medicina"
de universidades públicas. Tais ações tem como objetivo reduzir o estigma associado às doen-
"ças mentais, a fim de possibilitar o tratamento médico dos acometidos."
"Em meados do século XX, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ampliou o conceito de saúde, passando da simples aborda-"
"gem biofísica para a contemplação dos aspectos mentais e sociais que afetam a integridade humana. Embora existam, hoje, considerá-"
"veis avanços quanto à inclusão da saúde psíquica aos cuidados de um indivíduo, certos estigmas, como o preconceito associado ao assunto"
"e a negligência governamental, conferem desafios ao adequado debate acerca das doenças mentais, na atual sociedade brasileira."
"É importante pontuar, a princípio, como algumas mudanças foram vantajosas para a abordagem das doenças mentais no meio"
"social. Sabe-se que, com a transformação promovida pela OMS, a qual adiciona os aspectos psicossociais ao debate acerca do"
"conceito de saúde humana, questões como o diagnóstico, o tratamento e a socialização de indivíduos obtiveram uma conside-"
"rável melhora. Esses avanços podem ser notados no aumento da capacitação de profissionais específicos, como psicólogos e ##psi-## --xxx--"
"--xxx--, ##quiatras## dos centros comunitários de assistência ##para## --xxx-- a saúde mental e, também, da discussão, por personagens públicos, da"
"importância de se conhecerem os sinais, os sintomas e as formas de auto cuidado. Exemplo disso foi o ocorrido com o hu-"
"merista Whindersson Nunes que, após ter sua condição de depressão divulgada em redes sociais, como o Instagram, e em"
"programas da mídia televisiva, começou a abordar o tema em seu perfil na internet, de forma a defender uma maior atenção"
"da sociedade com o equilíbrio psicológico. Esses acontecimentos, além de beneficiarem a desconstrução de estigma presente na"
"temática, revelam um progresso da interação social com os transtornos ##mentais.## --xxx--"
"Em contrapartida, mesmo que certas mudanças sejam notáveis, o estigma associado às doenças mentais, por possuir"
"origens antigas que ainda são ##refletidas## --xxx-- na sociedade moderna, encontra desafios que impedem a adequação e a natu-"
"ralização do seu debate. Sob essa perspectiva, considerando a criação literária ""O Holocausto Brasileiro"", que narra e documenta"
"Fatos relacionados ao tratamento arcaico e desumano conferido a pacientes acometidos por doenças mentais, no decorrer dos séculos XIX"
"e XX, torna-se possível analisar a herança histórica do preconceito contra a temática psicológica. Essa obra evidencia como, mui-"
"tas vezes, pessoas com transtornos, como a depressão, a síndrome do pânico e a bipolaridade, eram marginalizadas e discriminadas, sen-"
do o desequilíbrio psíquico tratado de maneira pejorativa. Os reflexos dessa cultura na contemporaneidade podem ser observados
"em relatos como o do humorista Whindersson, que sofreu difamações após confirmar o acometimento por depressão, ainda chamado"
de fraco e de fresco. Esse imaginário preconceituoso é viabilizado pela ineficiência da ação governamental em fornecer a elucida-
"ção dos cidadãos quanto a importância de cuidado mental. Nesse sentido, destaca-se a falta de divulgação de dados e de concei-"
tos relacionados às doenças psíquicas e de informações que desconstruam o pensamento que víncula o doente à fraqueza.
"Diante do exposto, fica evidente que, para que o amplo conceito de integridade defendido pela OMS seja efetivado, medidas públi-"
"cas são necessárias. Cabe ao governo, portanto, principalmente ao Ministério da Saúde, criar campanhas publicitárias de elucidação"
"acerca do equilíbrio mental. Isso deve ser feito por meio da divulgação de cartilhas e de propagandas, nas redes sociais e nas mídias"
"televisivas, as quais contenham dados e informações sobre as doenças mentais e suas formas de acometimento ##--xxx--## --xxx--"
"--de ajuda--, ##--xxx--## inbasados em estudos da psicologia, com a finalidade de difundir os conhecimentos e, assim, desconstruir os estigmas."
"Segundo dados de 2017 da Organização Mundial de Saúde, mais de 11,5 milhões de brasileiros possuem depres-"
"são. Compreender a importância de dados tão alarmantes é considerar que as doenças mentais, como a depressão, são tra-"
"tadas como um estigma no Brasil hodierno. Diante dessa perspectiva, vale ressaltar que esse cenário crítico é"
"fruto de circunstâncias históricas e de inocuidade estatal. Assim, hão de ser analisados tais fatores,"
com o intuito de liquidá-los de maneira eficaz.
"Ao considerar essa abordagem, salienta-se que a estigmatização dos transtornos mentais dialoga"
"com heranças de nação tupiniquim. Conforme afirma o filósofo hispano-americano George Santayana, em sua a-"
"bandagem naturalistica, a sociedade é cumulativa, sempre se fundamentando a partir do que aconteceu antes. Analo-"
"gamente, nota-se que a visão do autor flerta com a realidade brasileira, uma vez que historicamente, por prevalecer"
"uma visão preconceituosa --da-- na sociedade, as doenças mentais não são tratadas como uma questão de saúde"
"pública por grande parte da população, sendo taxadas, muitas vezes, como ""frescuras"", de forma a inibir a dis-"
"cussão desse tema no meio social. Destarte, evidencia-se que a ignorância quanto à complexidade dos transtornos"
"mentais configura-se como una herança histórica não superada, ressaltando a relevância de se intervir nesse quadro."
"Outrossim, constata-se a inobservância governamental na perpetuação dos problemas relacionados à saú-"
"de mental como um tabu. De acordo como filósofo inglês John Stuart Mill, na sua concepção do Utilitarismo, as ações hu-"
"manas devem ser direcionados para a promoção do bem geral coletivo. Seguindo esse pensamento, observa-se a ausência"
"desse raciocínio pelo Estado, Já que há nefastas políticas educacionais voltadas à difusão do conhecimento sobre as"
"doenças mentais nas escolas, de modo a contribuir em deixar a população presa à ignorância e, consequentemente, sem"
"instrução sobre possíveis tratamentos. A vista disso, percebe-se que --xxx-- essa negligência estatal vai de encontro à"
"necessidade de emparo do doente, panorama danoso que requer a criação imediata de medidas para mitigá-lo."
"É imprescindível, portanto, uma concentração objectiva em diretrizes que formulem mudanças. Nesse con-"
"texto, é fucral uma articulação entre o Ministério de Saúde e a Mídia, por meio da realização de ficções enge-"
Jadas- com a participação de influencers e das redes sociais- voltadas a difundir informações sobre as doenças
"mentais como uma questão de saúde pública, a fim de --incentiv-- proporcionar discussões desse tema no coletivo. A-"
"demais, urge que --xxx-- o Ministério da Educação desenvolva uma política educacional, com aulas multidisciplinares"
"e debates, voltada a --difun-- fornecer conhecimento sobre como identificar e tratar um transtorno mental, com a"
"fito de difundir esclarecimento à população e, consequentemente, afestá-la da ignorância. Com essas"
"ações, acredita-se que a prevalência de práticas utilitárias fomentará a desconstrução de históricos --esti--"
estigmas sociais.
É fato que o estigma associado às doenças mentais deve ser assunto amplamente de-
"batido no Brasil atual, visto que a ocorrência desses transtornos é cada vez mais frequen-"
"te. Segundo o filósofo Han, autor de ""Sociedade do cansaço"", há, atualmente, uma epidemia de"
"doenças mentais decorrente da constante necessidade de desempenho, na vida e no trabalho"
"imposto pela sociedade. Embora essa epidemia seja reconhecida cientificamente, ainda há pre-"
"conceitos nesse cenário, advindos de pensamentos errônios transmitidos ao longo da história e"
"da falta de informação, o que dificulta a compreensão e discusão desse problema. Logo, é neces-"
sário intervenção governamental para mudança desse quadro.
"Diante dessa situação, é perceptível que os valores sociais sofreram grandes mudanças, no"
"entanto ainda possuem resquícios de alguns pensamentos arcaicos, o que corrobora a persistência"
"de estigmas quanto as enfermidades mentais. A exemplo disso, desde antigamente é comum relacio-"
"nar transtornos mentais a questões religiosas, como no disseminado pensamento de que há --nec--"
"necessidade de intervenção --devido-- divina na pessoa doente, enquanto já houve comprovação cien-"
"tífica da doença e disponibilização de tratamentos médicos eficientes. Assim, é importante reconhe-"
"cer as tradições históricas como valores de uma época, mas também valorizar os novos conhe-"
"cimentos e aprender com eles, para mitigar os preconceitos."
"Além disso, sabe-se que a falta de informação é causa relevante para a existência de"
estigmas associados a doenças mentais Isso pôde ser visto no programa A Fazenda 2020 em
"Que a participante Raíssa possuía um transtorno mental, até então desconhecido por grande"
"parte dos participantes, e foi vítima de preconceito, xingamentos e exclusão devido sua condição."
"Dessa maneira, fica evidente a necessidade de transmissão de informações quanto a"
"essas doenças, para que haja maior conquista de respeito e integração por essas pessoas."
"Portanto, cabe ao Estado, na condição de garantidor dos direitos individuais, pro-"
mover a disseminação de conhecimento sobre as doenças mentais e os prejuízos
"causados por seus estigmas, por meio de campanhas informativas em nível na-"
"cional, a fim de que haja redução desses preconceitos. Assim, as pessoas possuido-"
"ras de doenças mentais terão vida digna, direito previsto pela Declaração Universal"
dos Direitos Humanos (DUDH).
"De acordo com a Constituição de 1988, enorma de maior hierarquia no sistema jurídico bra-"
"sileiro, a saúde e o bem-estar são direitos inalienáveis, os quais devem ser assegurados"
"pelo Estado. No entanto, na sociedade brasileira, essas garantias não têm sido efetivadas,"
"uma vez que o aumento do estigma associado às doenças mentais no país, mostra-se como"
"um obstáculo que dificulta a garantia desses princípios constitucionais. Nesse sentido, torna-se"
"imprescindível discorrer acerca dos fatores que favorecem essa problemática, sendo eles a"
"ineficácia governamental, bem como a influência da era digital nesse processo."
"Em primeira análise, é válido discutir sobre a inabilidade do Estado, fato que contribui para"
"a estigmatização das edoenças mentais no país. Conforme abordado em seu livro ""Cidadão de papel"", o"
"jornalista Gilberto Dimenstein reflete sobre a falta, na prática, de direitos aos cidadãos. Isso fica"
"evidenciado, por exemplo, na carência de esforços públicos, como na elaboração de propagandas"
"e campanhas, com o intuito de esclarecer aos cidadãos acerca dessa temática, como também"
"em desconstruir os estereótipos relacionados às doenças mentais. Desse modo, devido à negligência"
"governamental, o Estado age como perpetuador dessa mazela social, contribuindo, infelizmente,"
para a manutenção do preconceito na sociedade e para o nítido derespeito à Constituição.
"Em segunda análise, cabe debater sobre o papel das tecnologias, as quais colaboram para"
"a perpetuação desse estigma. Segundo Guy Debord, em sua análise sobre a ""Sociedade do"
"Espetáculo"", o indivíduo contemporâneo tende a exibir e a idealizar padrões de comportamentos"
"no meio digital. Sob esse viés, devido à aparente sensação de não pertencimento a esses padrões,"
"inúmeros indivíduos, passam a sofrer preconceito pela sua condição de saúde estereotipada pe-"
"lo ##desrespeito## --xxx-- existente na sociedade moderna. Sendo assim, em virtude da perversa busca pelo"
"encaixe em padrões idealizados, muitos cidadãos tem sua qualidade de vida reduzida, em"
"razão das pressões externas, bem como não usufruem das leis previstas na Carta Magna."
"Fica claro, portanto, que medidas são necessárias, a fim de combater o estigma asociado às doenças"
"mentais no Brasil. Cabe ao Governo Federal, mais especificamente o Ministério da Saúde, destinar"
verbas para a realização de campanhas em âmbito nacional. Isso deve ser feito por meio de pa-
"lestras realizadas por profissionais capacitados, como psiquiatras e psicólogos, no meio físico e no"
"cibernético, com o intuito de esclarecer e abordar sobre cessas doenças estigmatizadas no país,"
"com o objetivo de reduzir o desconhecimento dessa problemática e, por consequência, diminuir o"
"preconceito existente. Com efeito, tais medidas proporcionarão, de fato, o cumprimento das leis."
Preocupante. Essa é a palavra que melhor define o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira. Isso pode ser
"afirmado, pois, motivado por diferentes fatores, esse preconceito gera prejuízos tanto para o indivíduo quanto para a socie-"
"dade. Portanto, medidas responsáveis por alterar esse estigma devem ser apresentadas."
"Inicialmente, é fundamental destacar causas do preconceito relacionado a doenças mentais. Um fator a se considerar é"
"a falta de informação de grande parte da população brasileira sobre saúde mental. Isso ocorre, pois, por ser um tema tabú,"
há pouca - ou inexistente - discussão sobre a temática tanto em ambientes escolares quanto em ambientes familiares. Esse tabú
"relaciona-se diretamente à falta de conhecimento acerca de saúde mental desde o início da humanidade - na Idade Média, por"
"exemplo, ligava-se transtorno bipolar e depressão à ausência de religiosidade. Outro fator importante é o pouco investi-"
"mento governamental na área. Embora o acesso à saúde seja um direito garantido pela Constituição Brasileira, o acesso"
"gratuito a tratamento com psicólogos e psiquiatras não é efetivo e foi dificultado, ainda mais, em 2020, quando ocor-"
"reram cortes de verba destinados a esse setor da saúde. Isso acontece, porque, apesar de existente na legislação, não"
"há fiscalização para a efetivação desse diretto, permitindo a não garantía da Constituição. Essa ideia relaciona-se à"
"teoria da filósofa Hannah Arendt que, em sua obra ""A Condição Humana"", diz que uma lei sem fiscalização é ineficiente, assim"
"como fronteiras territoriais não defendem inteiramente um país contra invasões externas, isto é, a existência da Constituição"
não garante acesso aos direitos estabelecidos sem a efetivação legal.
"Consequentemente, diferentes prejuízos são gerados tanto ao indivíduo quanto à sociedade. Em primeiro lugar, a ausên-"
cia de diagnóstico e de tratamento de doenças mentais pode gerar malefícios individuais que vão desde defasagem educacional
até a morte. Um exemplo disso é o Transtorno de Deficit de Atenção e hiperatividade (tdah) que dificulta a concentração
"do indivíduo em períodos médios e longos de tempo, podendo afetar a aprendizagem na ausência de tratamento, e a Depressão, a"
"qual, em estágios avançados e sem acompanhamento psicológico, pode levar o indivíduo a cometer suicídio. Em segundo lugar, o"
não diagnóstico e tratamento desse tipo de doença gera prejuízos econômicos ao país tanto por perda de produtividade -
"como em casos de tdah - quanto por afastamentos por doenças associadas, como gastrite em indivíduos com transtorno de"
"ansiedade. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (oms), cerca de 1 trilhão de dólares são perdi-"
"dos mundialmente todos os anos como resultado de transtornos mentais, dinheiro que poderia ser investido em saúde, por exemplo"
"Diante disso, o Governo deve educar a população sobre a importância da saúde mental por meio de programas sobre a"
"temática. Esses programas devem ser realizados em escolas, em empresas públicas e na mídia por psiquiatras e psicólogos,"
em que esses profissionais informem sobre as doenças mentais e a importância do tratamento e auxiliem na procura de
"atendimento. Isso deve ser feito a fim de reduzir o estigma sobre a temática. Além disso, o Governo deve ampliar o acesso"
"ao tratamento de doenças mentais por meio de investimento na área, aumentando o número de psicólogos da rede pública e"
contratando profissionais da área em escolas e empresas.
"Observa-se que, no Brasil, tem ocorrido uma nítida ineficácia estatal em garantir a efetividade de direitos básicos presentes na Constitu-"
"ição Federal de 1988. Além disso, a naturalização de certos comportamentos sociais pelo indivíduo acarreta prejuízos ao bem-estar co-"
"letivo, o que faz ratificar a importância de discussões acerca do estigma associado às doenças mentais na sociedade. Logo, reme-"
diar esses entraves é imprescindível para a plena harmonia social.
"É mister discutir - em primeiro plano - o papel governamental diante dessa conjuntura no país. Nesse viés, de acordo com o jorna-"
"lista Gilberto Dimenstein, em seu livro ""O Cidadão de Papel"", há, no Brasil, uma nítida ineficácia estatal em cumprir os direitos básicos,"
"os quais deveriam ser assegurados, em mecanismos legais como a Carta Magna de 1989. Dito isso, fica claro que todo cidadão deveria ter"
"seu direito à saúde certificado. No entanto, devido à inobservância estatal, milhares de brasileiros não possuem uma cidadamia de fa-"
"to, uma vez que suas prerrogativas legais são, sistematicamente, negligenciadas. Essa parcela da população, então, tem seu direito violado,"
pois o poder público ignora a criação de programas efetivos de ampliação das instituições especializadas em doenças psiquiátricas a todos os
municípios a fim de fornerer aos indivíduos ##que## possuem tais enfermidades tratamentos dignos por profissionais bem capacitados e bem informados.
"Assim, a extensiva passividade da gestão estatal favorece a perpetuação de atendimentos médicos precários, muitas vezes, em virtude de desinformação"
"dos próprios profissionais dos centros médicos. Dessa forma, é evidenciada a falha do Estado, o que corrobora a teoria de Dimenstein e ratifica a im-"
portância de discussões acerca da estigmatização das doenças mentais no panorama nacional.
"Em segundo plano, cabe mostrar o papel do ser frente o bem-estar social. À vista disso, à luz do sociólogo Pierre Bourdieu, na ""Teoria"
"do Habitus"", o indivíduo - ao ser inserido num meio - internaliza na ações, naturaliza-as, torna-as um hábito e passa a perpetuá-las Essa"
"realidade é alarmante à medida que o sujeito é exposto a situações calamitosas, habituando-se a comportamentos negativos, como a expo-"
"sição cotidiana do ente a discursos que menosprezam a gravidade dos transtornos mentais. Em decorrência disso, como desdobramento, a"
"incorporação desse capital cultural negativo provoca mazelas que vão desde a banalização das enfermidades psíquicas, como a depressão - o-"
casionada pela normalização dos efeitos degradantes dessa doença na vida de uma pessoa - até o estabelecimento de prejuízos a sociedade - au-
mento dos índices de suicídio - devido a uma progressiva aceitação de falas pseudocientíficas que desencorajam a busca por ajuda médica
"É comprovada, enfim, a atuação do ""Habitus"" na configuração dos condicionamentos humanos em questão, bem como as consequências da pro-"
pagação de estigmas em relação às perturbações psicossomáticas no país.
"Depreende-se, portanto, que cabe à ONU Brasil, em parceiras com as redes de ""streaming"", como a Netflix, a criação de projetos educacio-"
"nais no meio presencial e no cibernético. Estes serão realizados por meio de palestras que contem com a presença de psicólogos, como,"
"também, desenvolvidos documentários informativos em relação à gravidade dos transtornos psíquicos. Tais ações terão a finalidade"
"não só de mostrar à população que o direito à saúde deve ser cobrado dos órgãos responsáveis, como a exigência da ampliação das"
"instituições nessas enfermidades em todo o país, mas promover a criticidade dos indivíduos em relação aos hábitos negativos incorpo-"
"rados e, finalmente, desestigmatizar as doenças mentais na sociedade brasileira."
"O cinema, ainda que considerado uma forma de propagação cultural, está presente no"
"cotidiano de uma pequena parcela da população brasileira, visto que a problemática da democra-"
"tização desse envolve aspectos socioeconômicos. Dessa forma, observa-se que o acesso a meios"
"culturais dá-se de acordo com a posição social do indivíduo, restringindo a aqueles de maior"
"renda os benefícios do lazer... Além disso, a produção cinematográfica atual é elitizada,"
"por isso, é um obstáculo ao aumento do público nos cinemas."
"--Em-- Em uma primeira análise, o lazer e a cultura são direitos fundamentais do cidadão, confor-"
"me a Constituição Federal. Porém, no Brasil, existem estigmas sociais que dificultam a aplicação"
"desses para todos no país. Inicialmente, a dificuldade para acessar os espaços físicos onde são --e--"
exibidos os filmes mostra-se um fator limitante do consumo desses por uma população de menor
"renda. Ademais, há ainda uma impossibilidade financeira enfrentada por essa, pois, por muitas ve-"
"zes, a soma dos custos para o consumo do audiovisual supera o valor de necessidades básicas"
"individuais. Soma-se a isto, a dificuldade de integração entre grupos de diferentes clas-"
"ses sociais, logo, o cinema frequentado --por-- por classes mais altas exclui a população mais pobre."
"Em uma segunda análise, uma produção cinematográfica concentrada em elites,"
"como é hoje, também é um fator que impede a democratização do audiovisual, porque deixa"
"de representar um extrato social e deste modo, descumpre com o papel social do cinema."
"Nesse ínterim, encaixa-se a teoria de Horkheimer a respeito da indústria cultural. Tal que --xxx--"
parte da sociedade não será capaz de identificar-se com as produções audiovisuais apresen-
"tados, portanto, reduzindo o seu interesse por elas. Outrossim, o pouco incentivo a produções"
"independentes reforça tal elitização dessa indústria, visto que narrativas sobre grupos soci-"
"ais excluídos feitos pelos mesmos são quase inexistentes, o que faz com que não exista a"
identificação desses no cinema.
"Com base no analisado, conclui-se que as barreiras para a democratização do cinema no país"
"podem ser superadas com a criação de um fundo financeiro para o audiovisual, de uso prio-"
"ritário para produtores e/ou população de baixa renda, por meio da aplicação de investimentos da inicia-"
"tiva privada, juntamente com o Ministério da Cultura. Este teria como finalidade promover condi-"
cões para classes mais baixas acessarem o espaço do cinema e também impulsionaria a produ-
"ção independente de filmes. Assim, o espaço cinematográfico tornaria-se mais democrático,"
atingindo uma maior parcela da população
"1988: não um fim, mas um recomeço."
"O Brasil é um país com um forte histórico de escravidão, sistema que"
perdurou por cerca de 200 longos anos de história. Assim como outros
"valores trazidos pelos europeus na Idade moderna, a ideia de que a"
cor alva da pele indica superioridade no ser contribuiu com a construção
"de uma série de valores que, até hoje, estão incrustados na personali-"
"dade brasileira, impedindo o pleno exercício de uma democracia racial"
no país.
"Na primeira metade do século XX, o filósofo gilberto Freyre apon-"
tava para a sociedade brasileira como um exemplo de convivência entre
pessoas de diferentes raças no país. Ele se justificava ao observar a inte-
ração teoricamente pacífica entre os setores sociais. Essa análise super-
ficial bloqueia a percepção do racismo estrutural existente nas rela-
"ções sociais entre raças, a medida que se baseia apenas nas aparências."
"Por ser ilegal, o racismo, no Brasil, se manifesta de formas mais discre-"
"tas na maioria das vezes. Por exemplo, no livro O Cortiço, a personagem"
"Rita baiana personifica uma visão sexualizada da mulher negra, visão"
"presente também em expressões como ""a cor do pecado""."
"Nas mídias sociais, notícias frequentemente denunciam atitudes que"
"manifestam a visão racista brasileira. no início de 2019, um jovem negro"
foi enforcado até a morte pelo segurança de um mercado após suspeitas
"de furto, e uma menina negra, ágatha, foi morta a tiros quando vol-"
tava da escola. acontecimentos como esses mostram que a cor da pele ainda
"rotula e categorega as pessoas como era feito na época escravocrata, há qua-"
se 2 séculos.
"Dessa forma, o legado deixado pela escravidão é marcado, ainda, pelo"
"forte racismo, cujas manifestações, impregnadas na mentalidade brasileira"
"afastam o país da democracia plena. Com isso, é possível ##concluir## --(conclu)-- que o"
fim da escravidão foi apenas um recomeço de práticas ainda extrema-
mente ##--xxx--## exclusivistas.
"É indubitável que a mestiçagem sempre foi algo recorrente no país, ainda"
"que possua caráter desolador. No Brasil colônia, por exemplo, muitos senhores de enge-"
nho abusavam sexualmente de suas escravas e relegavan a elas o dever de cuidar de
"suas crianças. Mais tarde, com o fim da escravidão, projetos de ""embranquecimento"" popula-"
"cional vigoraram pela entrada massiva de imigrantes europeus. A mestiçagem, nesse sen-"
"tido, aos olhos da República Brasileira, era positiva, ao permitir que a população fosse,"
"etnicamente, clara. No entanto, pode-se analisar o mestiço como produto de uma socie-"
"dade ainda racista, em razão do legado escravista, que traça causas e consequências."
"Embora a mestiçagem dissertada por Gilberto Freire em ""Casa grande"
"senzala"" seja vista como vantajosa, conferindo pluralidade de características físi-"
"cas ao brasileiro, deve-se ressaltar que ela é vítima de um amplo sistema ra-"
"cista que impôs, historicamente, o intercruzamento étnico com o objetivo primeiro de"
embranquecer a população. Isso evidencia o pensamento de que a transição de uma
"sociedade, majoritariamente negra para uma branca obterá êxito, ao ser associa-"
"da a um certo tipo de ""progresso""."
"Ou seja, esse ""darwinismo social"", veiculado no século XIX, o qual teoriza a"
reafirmação de que o homem branco europeu deve levar a civilização aos povos subde-
"senvolvidos, ainda se sustenta na sociedade brasileira quando se veiculam, por exem-"
"plo, imagens de Machado de Assis com a pele clara, justificando a genialidade con-"
"sensual do escritor ao falso estigma do homem branco. Como consequência disso, tem-se"
"a ##ingênua## ideia de que vivemos em uma ""democracia racial"", em que o discurso de que"
o Brasil é um país plural e não racista se estrutura com base na própria mesti-
"çagem. Quando, na verdade, omite o processo de clareamento, corrompendo os valo-"
"res culturais, a estética e, sobretudo, a identidade negra."
"A partir disso, portanto, fica evidente o legado da escravidão no"
"Brasil: ela ##distorceu## --corrompeu-- de modo violento, a cultura negra, por meio do princípio"
"darwinista. Ela impôs, socialmente, a ideia da democracia racial, mas-"
"carando a visibilidade do negro e exaltando a figura do homem branco,"
reiterando o racismo estrutural que ainda persiste neste país.
"O ""Mito da caverna"", de Platão, descreve a situação de pessoas que se recusavam"
a observar a verdade em virtude do medo de sair de sua zona de conforto. Em alusão à ci-
"tação, percebe-se que a realidade brasileira caracteriza-se com a mesma problemática"
no que diz respeito à indiferença em relação à questão das doenças mentais. De acordo --xxx--
"com dados publicados pelo jornal Folha de São Paulo, em 2019, quase 30% da popula-"
"ção brasileira sofre de algum transtorno mental. Nesse sentido, é preciso que estratégias"
sejam aplicadas para alterar essa situação que possui como causas: a carência de de-
bate e a lenta mudança na mentalidade social.
"Primeiramente, é preciso salientar que a falta de debate é uma causa latente do pro-"
"blema. Desse modo, Habermas traz uma contribuição importante ao defender que a linguagem"
"é uma verdadeira forma de ação. Dessa maneira, para que os quadros de ansiedade e de-"
"pressão diminuam, faz-se necessário debater sobre. No entanto, percebe-se uma lacuna no que"
"se refere a essa questão, visto que não há discussão nas escolas sobre as diferentes formas"
"de previnir ##contra## o surgimento de doenças psiquiátricas. Assim, trazer à pauta esse tema"
e debatê-lo amplamente aumentaria as chances de que crianças e adolescentes adotas-
sem métodos e cuidados preventivos para a manutenção de saúde mental.
"Em segundo plano, outra causa para a configuração do problema é a lenta mudan-"
"ça na mentalidade social. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar. Sob"
"essa lógica, é possível perceber que a questão da saúde mental é fortemente influenciada pelo"
"pensamento coletivo, uma vez que os brasileiros possuem uma ideia equivocada de que as"
"pessoas que procuram tratamento psicológico ou psiquiátrico são ""loucos"". Diante disso, nota-se"
que esse estereótipo leva à diminuição do número de pessoas em busca de ajuda por profis-
"sionais da área de saúde para manter a saúde mental equilibrada, o que torna sua solução ainda"
mais complexa.
"Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Como solução, é preciso que as escolas, em"
"parcerias com a prefeitura, promovam um espaço para rodas de conversa e debates sobre como cuidar da saúde"
"mental, bem como desmistificar os tabus acerca das doenças psiquiátricas. Tais eventos podem ocorrer no pe-"
"ríodo extraclasse, contando com a presença dos professores e dos profissionais da área de saúde. Ademais, esses acon-"
"tecimentos não devem se limitar aos alunos, mas serem abertos à comunidade, a fim de que mais pessoas compre-"
endam questões relativas a esse panorama preocupante e se tornem mais atuantes na busca de resoluções.
"Em sua obra ""vidas secas"", o autor Graciliano Ramos narra a história de Fabiano e de sua família,"
retirantes que partem do nordeste brasileiro para o sul em busca de melhores condições de vida. Longe dos li-
"vros, os impactos revelados pela trama são repercutidos na sociedade contemporânea, de forma a revelar"
"as profundas desigualdades sociais entre as regiões do país, representadas na obra pela grande discre-"
"pância entre a região de origem dos personagens e o seu destino. Assim, tal problemática se configura co-"
"mo um impasse de difícil resolução, seja devido às raízes históricas e sociais das desigualdades, seja em"
"razão do panorama globalizado da economia brasileira, exigindo extensas ações estatais para reverter esse quadro."
"Em primeira análise, é válido ressaltar que as discrepâncias entre as regiões brasileiras têm sua origem em"
"profundas raízes históricas e sociais. Isso porque, ##como## --xxx-- o processo de colonização do norte e do nordeste foi"
"pautado por grande concentração de renda e por atividades de exportação, uma parcela considerável de sua população"
"tornou-se marginalizada e desprovida de acesso a serviços básicos, o que contrasta com as demais regiões, sobre-"
"tudo o sudeste e o sul, historicamente caracterizadas pelo crescimento do mercado interno. Desse modo, é possível ##constatar## --xxx--"
"que, em razão do desenvolvimento diferenciado desses territórios, eles apresentam tendências intrinsecamente dis-"
"tintas de seus indicadores sociais, com o nordeste sendo mais propenso a apresentar menores taxas. Sendo assim, é necessá-"
"ria a ação estatal, por meio de políticas socioeconômicas, com o intuito de reparar essas diferenças históricas."
"Outrossim, somado as raízes supracitadas, a globalização apresenta-se como um fato contemporâneo que perpetua"
"as divergências territorials. De fato, o geógrafo Milton Santos atribuiu ao sul e ao sudeste o termo ""região"
"concentrada"" em razão da garnde concentração de recursos, financeiros e tecnológicos nessas áreas. Posto isso,"
forma-se um quadro vicioso na sociedade globalizada --xxx-- em que é financeiramente favorável aos países inves-
"tir na ""região concentrada"", pois ela apresenta maior arcabouço tecnológico e infraestrutura para comportar"
"os projetos e, como os demais territórios recebem menos investimentos, eles não são capazes de fornecer ca-"
"pacidades estruturais para atrair mais verbas, expandindo ainda mais as desigualdades. Por conseguinte, é papel"
estatal fornecer subsidios para tornar as regiões antes desfavorecidas capazes de atrair investimentos e se desenvolver.
"Portanto, urge ao estado, por ação do --xxx-- Ministério do Desenvolvimento Regional, criar políticas de melhor dis-"
"tribuição de renda por meio da disponibilização de empréstimos e subsídios a famílias de baixa renda, com en-"
foque territorial no norte e no nordeste para reduzir as discrepâncias históricas e estimular a criação de micro-
"empreendimentos para fortalecer o mercado local. Além disso, também cabe aos orgãos estatais, por meio de parcerias pú-"
"blico-privadas com empresas das regiões menos favorecidas, criar programas de investimento na tecnologia e na in-"
"fraestrutura local, além da concessão de benefícios fiscais, com o intuito de torná-las mais aptas a captar investi-"
"mentos. Somente assim, o brasil caminhará para um futuro no qual famílias como a de Fabiano viverão bem em seu local de origem."
Socialmente são
"Considerado pai da psiquiatria no Brasil, o médico Juliano Moreira se consagrou no país, no início"
"do século XX, por trazer um tratamento inovador que humanizava os doentes mentais numa época que os"
"renegava. No entanto, apesar dos seus esforços, percebe-se que a sociedade brasileira não mudou muito,"
"dada a atual estigmatização associada às doenças mentais, a qual precisa ser amenizada. Nesse sentido,"
"cabe analisar a desumanização do doente psiquiátrico, bem como os impactos desse processo estigmatizante"
na saúde mental do brasileiro.
"Primordialmente, destaca-se a desumanização do doente mental pela sociedade brasileira. Sobre isso, é"
"notável como a ideia do senso comum do hospital psiquiátrico como masmorra, lugar sujo - presente tan-"
to na época do Dr. Juliano Moreira ##quanto## --como-- na atualidade - ajuda a construir uma imagem do doente psiquiá-
"trico como inferior, ideia essa que não deixa de evidenciar a falta de infraestrutura de boa parte desses"
"locais e o descaso com o doente. Além disso, a ausência do acesso a informações sobre os transtornos"
"psiquiátricos pela sociedade perpetua uma visão degradante e negativa sobre os portadores deles, colocando"
"a doença mental como condição a ser evitada. Assim, tais pessoas são marginalizadas e pouca atenção é"
dada a um dos grandes problemas da saúde pública de hoje: o tratamento ##adequado## --médico-- dos doentes mentais.
"Por outro lado, é importante avaliar os impactos da estigmatização das doenças psiquiátricas na questão"
"da saúde mental brasileira. Nesse viés, é válido o conceito de inconsciente coletivo, do sociólogo Francês Émi-"
"le Durkheim, o qual trata da influência coercitiva dos costumes e do senso comum de uma sociedade"
"sobre o indivíduo. Tal conceito, nesse contexto, expressa-se na influência das redes sociais e seu ideal"
"de felicidade ininterrupta, que é inalcançável, mas que faz com que a questão da saúde mental seja --xxx--"
"ignorada e mal vista pelas pessoas. Esse comportamento, paradoxalmente, acaba por facilitar o desenvolvimento"
"de doenças mentais na medida em que não se adquire melhor preparo para lidar com as situações da vida,"
"o qual a psicoterapia proporciona, além de dificultar busca por tratamento. Com isso, a tendência é que cada"
"##vez## --vez-- mais brasileiros acabem tendo algum transtorno psicossomático, com piora na qualidade de vida."
"Por fim, a estigmatização da doença mental mostra-se danosa não só aos doentes, mas também à socie-"
"dade como um todo. Diante desse panorama, cabe ao Ministério da Saúde amenizar tal processo, por meio de"
"campanhas publicitárias e palestras sobre o assunto, a serem veiculadas nas mídias tradicionais e digitais."
"Essas ações devem visar a conscientização da sociedade acerca da questão das doenças mentais, além de reu-"
"manizar e melhorar o olhar sobre o doente psiquiátrico, ##bem## --xxx-- como possibilitar a valorização de saúde mental"
"como essencial ao bem-estar. Com isso, estar-se-á a caminho de um Brasil mais socialmente são."
"""O primeiro passo para mudar a realidade consiste em conhecê-la"". Essa frase do"
escritor Eduardo Galeano retrata o conhecimento como fundamental instrumento de
"mudança. Nesse sentido, nota-se que o desconhecimento no tocante aos danos cau-"
sados pela propagação de uma vida ideal e a consequente exclusão social dos
indivíduos não condizentes com esse padrão contribuem para a lamentável manu-
tenção do estigma associado às doenças mentais no Brasil.
"Em primeiro plano, é notório que a construção de uma vida utópica, propa-"
"gada, essencialmente, nas redes sociais, origina um estigma no que concerne aos do-"
"entes psiquiátricos, já que, por não manifestarem a felicidade plena, são rotulados"
"como anormais e, consequentemente, marginalizados. Sob essa perspectiva, essa ex-"
"clusão é oriunda, muitas vezes, da falta de conhecimento da sociedade acerca das"
"consequências desse ideal de felicidade, uma vez que foi normalizado, assim como a-"
"borda a filósofa Hannah Arendt, a partir do conceito de ""banalidade do mal"", ao afir-"
"mar que uma prática errônea, ao ser incorporada pela sociedade, gradativamente, tor-"
"na-se comum e, por conseguinte, um mal banalizado. Desse modo, a precariedade de"
"informações sobre a realidade da saúde mental dos indivíduos é, indubitavelmente, um"
fator contribuinte à permanência de preconceitos.
"Em segunda análise, é possível observar que o estigna associado às doenças mentais"
"pode agravar as condições psiquiátricas do indivíduo erroneamente rotulado. Sob essa óptica,"
"a obra ""A História da Loucura"", de Foucault, retrata a exclusão como a mais cruel for-"
"ma de punição, ao comparar a marginalização vivenciada pelos loucos com a sofrida pe-"
"los doentes na Idade Média. Nesse contexto, doentes, loucos e qualquer pessoa não con-"
"dizente com os padrões impostos, sofrem com uma sociedade mais apta a excluir do"
que prezar pelo respeito e harmonia social.
"Urge, pois, a necessidade de as mídias - já que possuem grande poder de influência"
"na sociedade - promoverem --a realidade-- informações acerca das doenças metais, por meio"
"da divulgação de debates e mesas redondas, com o objetivo de desconstruir estereóti-"
pos acercas dos distúrbios psicológicos de forma acessível para toda a população. Dessa
"forma, a partir do conhecimento, o primeiro passo para mudar a realidade será dado."
"Para Michael Focaut, sociólogo francês, os doentes mentais, tempos"
"atrás, eram valorizados por se acreditar que falavam com os deuses. Entre-"
"tanto, na realidade brasileira, devido ao nocivo estigma associado aos"
"--por-- doentes mentais, esses perderam o prestigio. Nesse sentido, cabe ava-"
liar como a criação da cultura e ##o## --xxx-- descaso dos lideres torna persistente a questão.
"Inicialmente, percebe-se que os processos de formação da cultura, na"
"sociedade brasileira, influencia na visão e nas ações sobre"
"os doentes mentais. Visto que os agentes socializadores - --escola-- escola, mídia, família"
"para sociologia, moldam a cultura social, e quando assuntos não são inseridos nes-"
"ses meios, tornam-se um comportamento anômico, que segundo o ##sociólogo## --sociolo-- alemão"
"Durkheim, é quando um comportamento é diferente dos padrões, ##ele## --xxx-- é excluído ou re-"
"chacado pelo meio social, o que ocorre com os doentes mentais. Dessa maneira, é,"
"pois, inadmissível que o governo federal não busque ##meios## de inserir e dar"
uma nova perspectiva para aqueles que sofrem com transtornos da mente.
"Além disso, vale também destacar --que-- o precário tratamento e diagnósti-"
"co para pessoas que possuem problemas mentais, que é dever das insti-"
"tuições públicas fornecer, de acordo com o artigo 6º da magna carta. Diante"
"disso, o filme ""coringa"" retrata a falha do Estado ao lidar com o perso-"
"nagem, que é doente mental, o que reflete à atual conjuntura do país."
"Sendo assim, é inaceitável que os governantes não garanta às devidas"